Padre JOAQUIM ALFREDO SIMONETTI – PADRE ALFREDO - era filho de Joaquim Alfredo Simonetti e de dona Maria Augusta de Sá Leitão Simonetti. Nasceu na cidade do Assu no dia 24 de outubro de 1932.
Seu batismo foi em Assu no dia 13 de
outubro de 1933, sendo oficiante o então Padre Júlio Alves Bezerra. Foi
crismado no dia 23 de outubro de 1933, também em Assu, pelo Monsenhor Alfredo
Pegado de Castro Cortez.
Estudou o ginásio de 1948 a 1952 no
seminário Santa Terezinha, em Mossoró; filosofia de 1953 a 1955, no seminário
arquidiocesano São José no Rio de Janeiro e teologia de 1956 a 1959 no mesmo
local.
Recebeu a tonsura a 2 de dezembro de
1956, em Assu, sendo oficiante o então bispo da Diocese, Dom Eliseu Simões
Mendes. Recebeu as primeiras ordens menores a 21 de junho de 1957, no Rio de
Janeiro, em ato religioso oficiado pelo cardeal Dom Jaime de Barros Câmara e as
últimas menores recebeu no dia 8 de junho de 1958 pelo cardeal arcebispo do Rio
de Janeiro.
O surdiaconato aconteceu no dia 16 de
novembro de 1958, também oficiado pelo cardeal Dom Jaime de Barros Câmara e o
diaconato no dia 04 de janeiro de 1959, em Assu, em ato oficiado por Dom Eliseu
Simões Mendes. O presbiterado aconteceu no dia 26 de julho de 1959, em Mossoró
em ato presidido também pelo então bispo diocesano Dom Eliseu. Celebrou a sua
primeira missa no dia 2 de julho de 1959, em Assu.
Foi vigário coadjutor de Areia
Branca/RN, de 1960 a 1961. Vigário coadjutor de Assu de 1962 a 1963; em 1964
foi para a Paróquia de São Manoel, em Mossoró. Foi assistente eclesiástico do
movimento familiar cristão, em âmbito estadual de 1969 a 1970; assistente
diocesano; colaborador da emissora da Diocese de Santa Luzia denominada de
Rádio Rural de Mossoró, sob a direção do seu irmão, o também padre, Monsenhor
Américo Vespúcio Simonetti.
Lecionou português na Escola Normal e
no Ginásio Comercial de Areia Branca. Em Mossoró foi Assistente Diocesano do
Movimento Familiar Cristão, professor da Faculdade de Serviço Social, professor
de latim no Seminário Santa Terezinha e professor de Psicologia no Colégio
Normal.
Em Assu foi professor do Campus
Avançado Prefeito Walter de Sá Leitão. No período de 1979 a 1980 padre Alfredo
assumiu como Vigário Cooperador da Paróquia de São João Batista e Capelão do
Educandário Nossa Senhora das Vitórias. Escreveu peças de teatro, entre estas a
que conta a história do Assu.
Faleceu aos 51 anos incompletos, por
volta das 8 horas do domingo, dia 20 de março de 1983, no Centro de Treinamento
Libânia Lopes Pessoa, em Mossoró. Seu sepultamento ocorreu ás 9 horas da
segunda-feira no cemitério de São João Batista, em Assu, após ato litúrgico de
corpo presente, presidido pelo bispo diocesano Dom José Freire de Oliveira
Neto.
Em Assú existem duas ruas que tem o
nome do Padre Alfredo Simonetti como patrono, uma no bairro Frutilândia e outra
no bairro Alto São Francisco. Existe ainda a Escola Municipal Padre Alfredo
Simonetti, na comunidade rural de Mendobim I.
O advogado provisionado, João
Marcolino de Vasconcelos (Dr. Lou), numa de suas “crônica que escrevi para
você” levadas ao ar através da Rádio Princesa do Vale, em determinado trecho
disse:
“... Nos dias atuais, de desamor ao
próximo, de violências sem contas, o desaparecimento de determinadas pessoas,
representa uma lacuna dificilmente preenchível no seio das famílias cristãs, no
meio das comunidades.
No seu caso, esta lacuna assume
dimensões tamanhas, que só o futuro será capaz de medir a sua dimensão. Você,
que nasceu com a vocação nata do sacerdócio, encontrou na grandeza moral e
cristã do seu lar, o encorajamento e o complemento das virtudes de que era
possuidor.
Você herdou de sua generosa mãe
aquelas virtudes intrínsecas das almas purificadas e boas, e do seu saudoso pai
a vocação para as missões nobres e sublimes, sem temor aos sacrifícios, pois
ser bom e servir era o seu lema constante. Você foi o autêntico ministro de
Cristo aqui na terra. Poucos como você foram mais fiéis àquela nobilitante
missão que o Mestre confiara aos seus discípulos – ide e pregai o Evangelho a
todos os povos. Sim, você que abandonara os prazeres materiais da juventude
para se tornar o servo e um escravo do Senhor, foi o mensageiro do amor e da
bondade, aquela espécie de liame, que é o sacerdote, entre as coisas do céu e
os homens de boa vontade aqui na terra.
Ante a gravidade do mal que sobre
você se abatera, a certeza de sua morte, embora a todos consternando, era de há
muito esperada, talvez até mesmo por você, que a recebera com conformismo e com
a resignação daqueles que acreditam na promessa do encontro...
Diante deste fato consumado, que
desde ontem cobre de negro o céu da nossa centenária cidade, pois a claridade
que emana do sol, não traz a claridade aos nossos corações enlutados, lembro-me
daquela passagem do livro sagrado, em que uma mãe, aflita, fora ao encontro do
Divino Mestre e lhe pedira para que restituísse a vida do seu filho que
morrera. Ouvindo-a, o Mestre dissera-lhe que voltasse à casa, pois seu filho
estava apenas dormindo. Não morrera.
Como gostaria, padre Alfredo
Simonetti, que você estivesse dormindo, para que, antes do reencontro
prometido, pudesse ao acordar sentir o calor da estima de sua terra e de sua
gente, e ouvir agora a CRÔNICA QUE ESCREVI PARA VOCÊ”. (LOU).
FONTE – ASSU NA PONTA DA LÍNGUA, DE IVAN PINHEIRO